Cidade, onde eu moro e onde eu quero deixar morada!
A minha cidade, o Porto.
És uma caixinha de supresas onde posso guardar e encontrar coisas que só eu entendo.
Tu, que guardas um passado só teu e que albergas inumeras pessoas, todas elas com fisionamias diferentes, mas não te importas… e prova disso, é que todos os dias tentas dar o melhor de ti a cada uma delas.
Só tu, consegues cativar-me a sair de casa e a percorrer, sem destino, o teu corpo, cheio de linhas, as estradas.
E, desse modo, vou apreciando tudo aquilo que tens para me presentear…
As pessoas, que em ti habitam e que vão dando continuidade à tua existência.
As casas, algumas bonitas, outras menos bonitas, mas todas unidas, como uma familia global.
Os jardins, apesar de cada vez haver menos espaços verdes, os que ainda sobrevivem em ti, dão-te beleza natural o que te faz ainda mais bonita.
As pontes, que são elos de união entre partes do teu corpo e que nos permitem apreciar-te de um ponto alto em que tudo em ti parece diferente… desse modo, dás-nos então, uma visão magnifica de ti.
As estátuas, que são como sinais do tempo espalhados pelo teu copo. Tempo esse, que passou por ti, e que deixou as suas marcas.. e em memória disso e daqueles que ajudaram a desenhar o teu corpo, e para que não caia no esquecimento, eis a razão desses teus sinais, as estátuas.
Os rios, as tuas veias, que te abraçam rumo ao mar, onde, se entregam em ondulações constantes.
Os teus segredos, mas, esses, sõ são visiveis à noite. Onde te tornas explendida de brilho e luz. É à noite que me atrais ainda mais, e não resisto em sair para ver como és na ausência do sol e na presença da lua…
E, aí fico encantada, pois és ainda mais bonita debaixo de um céu escuro e repleto de estrelas onde a lua toma o papel principal.. o de te iluminar e mostrar a todos nós o quanto és bela.
Mas, há algo que te sufoca, algo que quer matar o que tens de belo… e esse algo, todos nós sabemos o que é… a maldita poluíção!
Marta Costa