Feliz daquele que sabe o quer, sem se deixar levar pela «violência» das ofertas.
E daquele que sabe escolher o caminho correcto, em direcção ao que sonhou, e que sempre desejou, um dia, alcançar.
Nem toda a alma viva sabe, de bom modo, estar em harmonia e comunhão com tudo e com todos, e principalmente, consigo mesmo.
Mas, feliz é aquele, que constrói diariamente, luta a luta, o seu bem-estar pessoal e a sua harmonia espiritual.
No mundo de hoje, vão-se perdendo os sentidos do que é, na verdade, o bem-estar e a harmonia.
Muitos deixam-se levar pelas lamentações de que o dinheiro, que escasseia, lhes prejudica a vida, trazendo-lhes um mal-estar, e um desespero constante.
Um desespero que, em muitos casos, transforma-se em actos inconscientes de violência e de vandalismo. Tudo em nome daquele mal, a que muitos anseiam, gananciosamente, obter. O dinheiro!
«Bem-estar», um motivo pelo qual muitos deixam de olhar a meios para atingir o dinheiro que, segundo eles, lhes trás o tal «bem-estar».
Mas, como designam eles, esse «bem-estar»?
O que é para eles o «bem-estar» na vida?
É terem dinheiro, para poderem exibir os seus bens materiais, de forma arrogante e imperiosa.
É gastar, esse mesmo dinheiro, em bens de segunda e terceira necessidades. (e alguns desses bens, nem à classe da «necessidade» pertencem.)
Dinheiro… dinheiro, e mais dinheiro!
Erradamente, vivemos com esta realidade, plena, de ganância e de materialismo.
Um erro, fatal, a que muitos se sujeitam, e que os leva pelo caminho do pecado e do abandono social.
Tudo isto, faz com que as suas almas e os seus espíritos, vivam num desesperante conflito interior.
O bem-estar, e a harmonia, não se conquistam através dos bens materiais, e afins, concedidos pelo dinheiro.
E, não são bens de posse material, mas sim de posse, interiormente, espiritual.
O bem-estar, é acordar todos os dias e olhar, com paz, para o mundo e para a vida.
É ajudar o próximo, sem esperar algo em troca, na esperança de dar um sorriso a quem mais precisa.
É conquistar o respeito dos outros, como também saber respeitar-se a si mesmo.
E, no fundo, é deitarmo-nos todas as noites, de consciência tranquila, após um dia de actos saudavelmente correctos e honestos..
Esse respeito é, simplesmente, o sinónimo de comunhão espiritual e de comunhão para com os outros.
O bem-estar, é um bem, meramente pessoal, do qual é preciso «trabalhar» continuamente, praticando o bem e actuando em conformidade, e virtude, com as coisas boas da vida, deixando o mal na parte de fora do seu «eu».
É saber «fechar a porta» ao mal, com as armas do bem!
Evitando, assim, que o que há de maligno na vida, seja eliminado pelo poder, infinito, do bem e dos actos praticados por ele.
Toda esta luta, comporta consigo troféus e virtudes para toda a nossa vida, e para a dos que nos rodeiam.
Como, também, gratifica-nos com a comunhão com Deus.
No final podemos, vitoriosamente, receber o que muitos anseiam alcançar, mas que poucos se esforçam para o conseguir.
O bem-estar pessoal e a harmonia espiritual!
Se, todos praticássemos os bons actos, para conquistar as coisas boas da vida, entraríamos rapidamente, na harmonia com vida.
Pois, desse modo, quando nos olhassemos ao espelho, veríamos no nosso reflexo uma pessoa, saudavelmente nova, por dentro e por fora.
O bem-estar é sentirmo-nos bem connosco mesmos, não pela aparência, mas pela pessoa que somos, e pelo que fazemos por nós, e pelos outros.
Ao vermo-nos dessa, honrada e maravilhosa, maneira podemos então entrar no nosso mais intimo ser, e encontrar a Paz e a harmonia espiritual, que sempre desejamos encontrar.
Deus disse um dia:
«Amais-vos uns aos outros…(..) Só assim, entrais no reino de Deus…»
Isto só é possível se, primeiramente, amarmo-nos a nós mesmos, como seres mortais, pelos nossos actos mas também pelo que somos, e não pelo que possuímos.
Partindo daí, podemos ter, finalmente, a liberdade de amar o próximo, tal como Deus ama cada um de nós.
Este quadro de afectividade e amor, leva a uma purificação do nosso ser, e a uma harmonia plena com Deus e com o mundo.
Em suma, se todos pintássemos este magnifico quadro, em nossas vidas, viveríamos em Paz connosco e com os outros, reflectindo essa mesma Paz e harmonia ao mundo!
Pensem nisto, vale bem a pena, pois nunca é tarde para mudar!
Marta Costa